quinta-feira, 29 de julho de 2010

Especial Moçambique

Depois de horas de espera no frio de Jo'burgo e mais 8 horas dentro de um ônibus finalmente chego a Moçambique em baixo de muita chuva. Como cheguei com 1 hora de antecedencia o nosso tranfer ainda não estava lá então decidimos pegar um taxi mesmo e ir para o backpacker descansar pois o dia anterior havia sido puxado. Chegamos em nossa hospedagem e os quartos não estavam arrumados, afinal a culpa foi nossa (ou da intercape né) que chegamos com 1 hora de antecedencia. E para completar só tinha uma reserva que era a minha, como a do Anddy foi feita depois não sei o que fizeram que não cosntava lá. Depois de muita conversa eles arrumaram uma cama lá p/ o Anddy. A recepcionista era muito fofinha e super comunicativa e deu altas dicas para aproveitar Maputo e dicas caso quisessemos ir ao Kruger.

Fiquei um tempinho na recepção mas logo me chamaram para o meu quarto. Falando no quarto... era bem simpleszinho e tinha galerão do continente africano mesmo por lá, logo eu fui a atração do quarto. Tomei um banho e tentei dormir um pouco mas não consegui, então mesmo debaixo daquela chuva decidi desbravar a cidade. A palavra certa nem seria desbravar a cidade e sim encontrar uma lan house para ver minhas redes sociais pois já havia mais de 1 dia que não acessava e dava noticias as pessoas. Assim, consegui uma não tão longe do backpacker e um atendente muito simpatico. Fiquei uma horinha lá e o Anddy chegou dizendo que a mocinha da recepção havia dito que eu tinha ido para lá. Já estava triste e arrependida de ter viajado com aquele chuva, então pra esquecer a chuva resolvi dar atenção a minha barriga. Almoçamos em um restaurante ao lado da lan mesmo. Comida boa e barata. Mas minha onda de azar não parou qd cheguei ao hostel não. Apos chegar antes do horario previsto, o transfer não estar no local, a cama do meu quarto não está arrumada eu faço o favor de perder meu celularzinho companheiro de tantos bafões lá em Cape Town e pior de tudo com 50 rands que eu havia recarregado ainda em Cape Town para poder me comunicar por sms com meus amigos lá e minha familia e amigos aqui no Brasil =(


Pior do que estava eu acreditava que não ficaria. Almoçamos e após um tempinho parou de chover, então decidimos ir conhecer a cidade. Fomos andando mesmo para conhecer tudo nos mínimos detalhes. Agora sim eu estava na África. Desde que cheguei a este continente só via paisagens bonitas, loiros de olhos claros, pessoas em carrões... em Moçambique eu tive outra visão de Africa, tive a visão que os livros e jornais mostram. Pessoas na rua passando fome, muitos negros e os meios de transportes bem danificados. Caminhamos e caminhamos até chegarmos ao centro e nossa primeira parada foi na Fortaleza Maputo. O ano que foi construido eu não me lembro pq eu sou péssima com datas e como é um blog com minhas historias pessoais não vai fazer muita diferença. =)













Ainda pelo centro, a nossa próxima parada foi antiga Casa Amarela que foi uma das primeiras construções de pedra-e-cal e atualmente ela abriga o Museu Nacional da Moeda. Só um detalhe, as informações não são atualizadas há décadas pois ainda está escrito cruzeiro como moeda do Brasil. Mas falei pra eles que a nossa moeda é o real desde quando eu era criança. Espero que o proximo de vcs que forem lá esteja atualizado. Hahahahaha











O tour do primeiro dia está bastante cultural. Siiim, tiramos a tarde para conhecer os prédios que fazem a história de cidade. Nossa proxima parada foi o Mercado Municipal de Maputo. Apesar de ser um lugar bem sujo eu achei interessante. É tipo esses mercados que nós temos aqui no Brasil como o Mercado Modelo de Salvador ou o Mercado de São Paulo. Vende-se frutas, verduras, artesanatos etc. As pessoas são pura simpatia e ótimas para negociar. Se insistir o preço dos produtos podem cair até 50%, foi o que aconteceu em uma de minhas negociações, algo que aprendi a fazer muito bem ainda em Cape Town. Hehehehe. Um par de máscaras de madeira que custava 800 meticais (moeda moçambicana) me saiu por 350 meticais lá no mercado. ;)









Percorremos várias ruas históricas da cidade. Em uma dessas ruas encontramos uma mesquita, denominada Mesquita da Baixa. Achei a obra linda e uma novidade também para mim já que é uma cultura pouco conhecida aqui no Brasil. Quando passei em frente lembrei logo do novela "O Clone" pois a música que vinha de dentro da mesquita era muito similar as que tocavam na novela qd passava a cidade do Marrocos ao fundo. Era algo do tipo "lelerulaleruleiie" hahahahaha. Me arrependi de não ter tirado mais fotos =(





A última visita do dia foi à Estação Ferroviária de Maputo. Foi só uma passadinha em frente mesmo pois já estava escurecendo e não sabiamos como é a onda de violencia na cidade, como turistas recém-chegados não quisemos arricas, mas nos deixou muito curiosos e vamos voltar para conhecê-la melhor, foi eleita a sétima mais bela do mundo.



Eu ainda estava na África mas senti tanta diferença na cultura moçambicana, algo que eu não tinha sentindo na cultura namibiana. Até entendi pois a Namíbia pertenceu a África do Sul até 1990. Mas voltando ao assunto Moçambique... vi que é muito comum artistas apresentarem o seu trabalho nas ruas. Muitos pintores passam o dia pelas ruas pintando e ali mesmo vendem as suas obras. Na volta para o backpacker fomos abordado por uma cara tentando vender uma tela, ele insistia muito mas depois vimos que ele era do bem. Claro que na hora deu até medo mas durante a nossa estadia lá o encontramos várias vezes sempre muito simpático e até nos deu muitas dicas de lugares legais para visitarmos. Nem me lembro o nome dele mas tinha muita vontade de voltar lá e encontra-lo novamente.

Chegamos no backpacker muito cansados. Eu segui para o meu quarto e o Anddy acho que ficou pela recepção, pois lá era bem animado durante a noite. A galera se reunia para jogar conversa fora e tomar uma cervejinha. Mas preferi descansar pois queria aproveitar cada segundo no outro dia.

Para a nossa felicidade a quinta-feira amanheceu ensolarada então decidimos ir para a praia e por coincidencia acabei parando em uma tal de Costa do Sol. Claro que nada se compara a "minha costa do sol" com as minhas queridinhas Rio das Ostras, Cabo Frio, Búzios e Arraial mas é praia então serve né? hehehehe. Então, já saimos meio tardinho pra ir pois a nossa intenção era almoçar lá e para completar o sistema de transporte lá é pior que péssimo (dá para imaginar então né). Se eu reclamava das mini vans em Cape Town lá em Maputo eu quase chorei para entrar em uma. Era umas vans com capacidade para umas 10 pessoas no máximo mas eles colocavam quase 20 lá dentro. Era praticamente um em cima do outro. Esperamos e esperamos para ver se chegava uma menos cheia mas parecia que quanto mais esperávamos mais cheias elas vinhas até que decidimos pegar a proxima que passasse. Finalmente chegamos na Costa do Sol, mas sem muitas opção de restaurante (na verdade sem opção mesmo posi lá se tem muitas barraquinhas tipo botequinhos na beira do mar) chegamos no primeiro e talvez unico que tinhamos como opção. Era um restaurante em um hotel e não era de luxo não, mas era um lugar que os executivos almoçavam. Pedi uma porção de calamaris com fritas que por sinal estavam ótimos.



Pós almoço fomos passear pela praia. Algumas fotos e decidimos voltar para a área do backpacker. Novamente um sacrifico com um micro onibus lotadissimo. Passei o resto da tarde na lan house e fiz até amizade com os moleques de lá e do mercadinho ao lado. Afinal o que vale é viver a cultura local. Nem comentei, mas é muito comum em Maputo também barraquinhas montadas de caixotes que vendem frutas, verduras e peixes nas calçadas. No inicio achei estranho pois não é algo comum nem aqui e nem na Africa do Sul mas depois aquele cenario foi se tornando algo comum afinal proximo a nossa hospedagem era lotado desse "tipo de comércio".





















Sexta-feira acordamos cedo e decidimos conhecer mais sobre a história de Maputo. Percorremos rua e mais ruas a pé, conversamos com locais e ainda encontramos nosso amigo pintor na praça no centro da cidade. Nossa primeira parada foi na Casa de Ferro, o nome se dá pelo fato de ter sido feita toda em ferro. Sabe aquele moço lá da Torre Eiffel? O Gustave Eiffel! Então, foi ele responsável também pela construção desse edifício. ;)







Nossa próxima parada foi no Jardim Tunduru, o jardim botânico da capital moçambicana. Na entrada tem a estátua do primeiro presidente do país Samora Machel. Lugar muito legal para descançar, ler um bom livro ou simplesmente ficar jogando conversa fora com os amigos.









Rolou mais uma passadinha pelo Mercado Municipal de Maputo, afinal era caminho da nossa próxima parada, a Casa de Cultura Brasileira que foi só decepção. Logo quando entrei estava escrito bem grande: IT'S NOT ALLOWED TO TAKE PICTURES (já colocaram em ingles pq sabe que turista com suas manias de fotos ia fotografar tudo mesmo). Com uma frase dessas logo na entrada pensei: ou está repleto de objetos valiosos ou não tem nada aí. E não é que a minha segunda opção estava "quase" certa!. O acervo que eles tinham lá era o mesmo que nada... alguns cartazes e duas estatuaszinhas. Então pude entender sobre a proibição das fotos: eles não queriam que turistas saissem mostrando o mico de acervo que os brasileiros possuíam em Moçambique. Aff =S





Como não era permitido tirar foto da Casa Brsileira fiquei feliz em poder tirar foto de qualquer prédio colorido da cidade. hehehe


Anddy como bom europeu branquelo e não acostumado com calor forte passou mal e foi parar no hospital. Ele pensou que fosse malária mas foi só um mal estarzinho mesmo. Enquanto isso andei quilometros para achar uma lan house... era melhor se eu estivesse esperado por ele no hospital mesmo. Aff [2] =S

Segundo o nosso "roteiro imaginário" a próxima parada seria na Estação dos Caminhos de Ferro que nós só passamos em frente no primeiro dia. Mas antes paramos um pouco para o almoço. Fugimos um pouco do passeio cultural e conhecimento da cultura local e nos fogamos em um shopping center mesmo, o Maputo Shopping. A praça de alimentação era uma graça... toda coloridinha (a foto é do Anddy pois a minha fome me fez até esquecer o que era câmera digital por algumas horas). Tinha restaurantes de massa mas acabei me jogando em um barzinho (também servia comida mas tinha mais cara de barzinho mesmo) e pedido coxinha de frango e refrigerante (quem diria eu me entupindo de coxinha... olha o que a saudades do Brasil e comidinhas brasileiras não faz. ahahahaha).

O tal Mr Price domina a África mesmo. Mas o senhor preço moçambicano tem umas roupinhas tão UNfashion =S

Agora sim dá para seguirmos para a Estação dos Caminhos de Ferro. Ela é bonita mesmo e tive até uma surpresa quando entrei... estava tendo apresentação de capoeira (nunca fui apreciadora desta arte/ dança mas aquela altura tudo que lembrava o Brasil era interessante). Ahhh! Tinha linhas ferroviarias que ligam Maputo a Gaborone (capital da Botswana) e saia 1 trem semanal para lá mas meus dias na África estavam contados senão eu juro que iria.















Encerramos nosso passeio cultural aí na Estação pois estávamos muito cansados, o sol estavam quentíssimo e o Anddy cada minutinha que passava ficava mais vermelho. No caminho do backpacker passamos na Catedral de Maputo e seguimos. Parei na lan um pouco e bati um papo com o amiguinho que trabalha lá e ele me disse que na sexta-feira uma balada boa é a Coconut e eu até me animei... ele me disse que vários artista brasileiros já tocaram lá inclusive a Ivetinha (siiim meu povo, A Ivete Sangalo dominou o mundo e eles até sabem cantar várias musicas dela, não é a toa que sou fã dessa mulher).

Eu estava na intenção de conhecer a Boate Coconut... mas cheguei no backpacker tomei banho e apaguei e só acordei no sábado de manhã. Zzzzzzzzz =(

Nosso penúltimo dia por lá rolou até praiana. Ok, um pouco diferente, mas fomos sim para o Distrito de Katembe que é em uma ilhazinha do outro lado de Maputo. Seria como Rio e Niterói sem uma ponte com travessias de barquinho (sim gente, barquinhos de motos beeeem diferentes das barcas e katamarãs que se tem no Brasil).
Chegamos já era um pouco tarde e passeamos bastante a beira mar. É um lugar de muita pobreza mas as pessoas são simpáticas demais. Nem tenho muito para comentar do local não mas uma coisa que chamou a minha atenção foi o casamento na praia (pena que a foto foi de celular. buááá). Todos sabem que nem sonho com casamento e tal mas se um dia eu pensar nisso com certeza vai ser na praia e já tenho até umas idéias de como será... estilo alá Moçambique. Hehehehehe





































Aiii gente! Advinhem o que eu vi domingo de manhã na TV enquanto tomava o meu café da manhã: Pica Pau (cada dia que passa eu regrido um pouco mais. Hahahahaha! Mas entendam que era saudadezinhas do Brasil). Tinha Rede Record lá também e o coleguinha da lan disse que passa Eliana à tarde, então a programação deve ser até igual. E durante o resto do dia foi só passeio pela área central mesmo.
Nossa partida de Maputo foi as 20 horas de domingo. Genteee, tive uma surpresa tão legal antes de partir. O amiguinho pintor que comentei algumas vezes aqui estava lá no ponto que a Intercape pára. Na verdade o Anddy que falou comigo, pois eu entrei antes para escolher um bom lugar e ele ficou lá fora para guardar nossa bagagem aí quando ele entrou disse que o moçambicano estava lá aí claro que eu desci para dar tchau a ele. Foi uma pessoa tão legal que conheci lá. Ele me disse para voltar lá algum dia e eu falei que voltarei sim e levarei meus pais comigo para conhecer o país e todas aquelas pessoas tão simpáticas e hospitaleiras. Cheguei a chorar quando ele falou pra voltar um dia... mas sou assim mesmo! Sempre acabo me apegando a pessoas legais. ;)

Uma boa condução para a polícia brasileira... talvez andando todos esprimidos e no sol eles tomariam vergonha e tentaria acabar com a violencia. hehehe

Lá também tinha Turma da Monica e Globo ;)

Eles são mais baratos e amarelinhos igual em NY. hehehehe

Bejo, beijooo cheio de saudades de África =*